Conheci Luciano anos atrás em uma edição do Roça and Roll, festival que acontecia em Varginha, interior de Minas Gerais. Mas, alguns anos depois quis o destino que acabássemos nos conhecendo mais, e que acabou resultando no fato dele fazer assessoria de imprensa para a banda que eu tocava na época.
Luciano é a competência em pessoa, inclusive um cara que já enfrentou um AVC e se superou da melhor forma possível, tanto que na época muitas mensagens das mais diversas pessoas importantes e influentes do cena se solidarizaram com ele, reflexo não só da sua importância dentro do cenário, mas também da simpatias e caráter que possui.
Vamos ao papo !
por Luis Carlos
Fotos: Arquivo pessoal.
1 - Entre tantos daí de São Paulo, você é um dos caras mais atuantes no cenário.
Como e quando começou essa paixão pelo Rock e Metal?
Luciano Piantonni: Antes de mais nada, obrigado pelo espaço e consideração; Minha paixão pelo Rock/Metal começou em 1983, com a vinda do Kiss ao Brasil. Desde então, a meta era “fazer parte disso”, de uma forma ou de outra... (risos). No caso, sempre fui fanático pelas revistas Metal e Rock Brigade, então foi mais ou menos por onde tudo começou. Me sinto um privilegiado por ter feito parte dos últimos anos da Rock Brigade. De um fanático leitor, a um redator.
2 – Atualmente você vem fazendo o Rock Add. Como é que pintou essa ideia e o que tem feito com esse trabalho?
Luciano: Como faço a produção do programa Pegadas de Andreas Kisser da 89FM, desde 2013 (e nos anos 90 fiz parte de uma famosa e atuante rádio comunitária do ABC paulista, a Patrulha FM), sempre quis voltar a essa coisa de ter um programa de rádio, mas num formato mais de bate-papo, tipo aqueles programas ao estilo do saudoso Ricardo Boechat. Com essa coisa de podcasts (onde você hospeda o arquivo onde quiser), o Rock Add surgiu de conversas com meu amigo Daniel Closs que topou levar a ideia adiante. Surpreendentemente as pessoas tem gostado, estão comprando as camisetas, enviam comentários e sugestões. Já fui até parado algumas vezes na Galeria do Rock, por gente que diz acompanhar... (risos)
3 – Você atuou muito como assessor de imprensa, inclusive para uma banda que eu tocava (Statik Majik). Não tem mais realizado esse tipo de trabalho? E qual tua opinião sobre esse trabalho no cenário atual?
Luciano: Verdade! Trabalhar com vocês (na época da Statik Majik) foi bem legal! A gente se divertia. E eu comia bolachas Piraquê de Morango, cada vez que você vinha do RJ para SP – fazia o tráfico das bolachas que eu não encontrava aqui... (risos). Trabalho com isso até hoje e na minha opinião é uma ferramenta muito legal para “espalhar” uma banda.
4 – No “pegadas” (programa Pegadas de Andreas Kisser). Como é que você foi parar ali e como é trabalhar com o Andreas, um cara que ao mesmo tempo é um músico que você também é fã?
Luciano: O programa estava rolando haviam 3 meses, se não engano. Um dia marquei com o Andreas – que já era de certa forma, amigo – de levar o pessoal do MX. Em seguida comecei a sugerir outras bandas e quando vi já estava produzindo ao lado dele. Pô, puta honra fazer esse trabalho ao lado do cara, que como você disse, de ídolo passou a um grande amigo! Rola de tudo ali, de bandas do extremo underground a gente como Zé do Caixão, jogadores de futebol, Eddie Trunk, Vinnie Paul, Anthrax, John Bush, Dan Lilker, etc.
Com Jaz Coleman do Killing Joke. |
5 – Você é um colecionador assíduo. Tem ideia da quantidade do material que você tem hoje? E desse material, cite pelo menos alguns deles que você considera como preferidos.
Tem algum que você ainda não conseguiu adquirir?
Luciano: Sim, coleciono muita coisa; CDs, LP’s, DVD’s, revistas, e outras coisas ligadas ao Rock e Metal (que vão de palhetas a bonecos colecionais). Devo ter uns 2 mil CDs, uma porrada de discos, umas mil palhetas... Com ênfase na “trilogia sagrada” Metallica, Kiss e Iron Maiden. Acho que das coisas que não consegui ainda, a principal foi a caixa (box) do Iron Maiden, “The First Ten Years” em vinil (embora tenha alguns singles avulsos!). Um dia ele virá parar na minha mão! (risos)
6 – Nesses diversos encontros com músicos que você tem através do teu trabalho, qual é aquele que você ainda não conseguiu realizar o sonho de se aproximar, de tirar aquela foto, autografar CD´s?
Luciano: Felizmente encontrei vááários músicos que sou fã. Mas claro que tem sempre aquele que ainda não rolou. No momento eu diria que dois caras que ainda gostaria muito de encontrar, são o Rob Halford (Judas Priest) e o Paul Stanley (Kiss).
Com DD Verni do Overkill. |
7 – Entre várias coisas que você faz, ainda tem algo que gostaria de realizar e não teve oportunidade?
Luciano: Gostaria de ter um programa numa rádio aberta. Um programa só meu, pois fazer parte de um, já faço – o Pegadas de Andreas Kisser. E por incrível que pareça, desde criança, sempre tive “bandinhas” de Metal e Hardcore. Então, ainda pretendo juntar com alguns amigos e gravar um disco, mais pelo prazer de ter algo registrado. Tenho algumas experiências em demos. Mas nesse caso, o sonho é gravar algo na linha dos primeiros do Terrorizer, Carcass e Napalm Death, ou seja, bagaceira pesada e suja, o que dá aquela nostalgia do “faça você mesmo”, de bolar a capa, projeto gráfico, parte musical e tudo o que envolve esse tipo de trabalho – só preciso decidir se tocarei guitarra, ou se darei alguns berros (risos!)
8 – Deixe seu recado final para os leitores do Arte Condenada.
Luciano: Carlinhos, muito obrigado por esse espaço no Arte Condenada!!!! Vira e mexe estamos sempre citando você lá no Rock Add, não só pelo brilhante trabalho que faz no campo da produção, mas também pelo excelente trabalho feito aqui. Que o Arte Condenada continue firme e FORTE! Valeeeeu!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGrande amigo e excelente profissional !
ResponderExcluirAssino embaixo.
ExcluirMuito bacana essa intrevista.
ResponderExcluir👏👏👏👏👏👏
Muito obrigado.
ExcluirGrande entrevista meu camaradada, esse é o seu referencia. Pegar pessoas que realmente fizerem algo pela cena,mas não tiveram a visibilidade que mereciam. Sempre juntos.
ResponderExcluirCertamente que sim, afinal, é preciso valorizar acima de tudo a "prata da casa" e Luciano é um cara super importante para cena Brasileira.
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