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quarta-feira, 10 de julho de 2019

JAVALI, um power trio aos velhos moldes do bom Rock and Roll.


Conheci o Javali quando se chamava Pop Javali por intermédio de um amigo em comum. De cara eu curti o som deles, um power trio bacana, com uma pega técnica, pesada e com as doses necessárias de virtuoses.
O papo foi com Marcelo Frizzo, baixista e vocalista do grupo.
Vamos ao papo !

Por Luis Carlos
Fotos: divulgação.

1 – Quando e como começou o Javali? Aliás, por que a mudança do nome de Pop Javali para somente JAVALI?
EM 1992, O LOKS E O JAÉDER ME PROCURARAM COM UMA PROPOSTA DE MONTAR UMA BANDA DE SOM AUTORAL. COMO JÁ NOS CONHECÍAMOS A SINTONIA FOI INSTANTÂNEA E A IDEIA COMEÇOU A FLUIR DESDE OS PRIMEIROS ENSAIOS COMO SE JÁ TOCÁSSEMOS JUNTOS HÁ ANOS. O “POP” NO NOME ACABAVA GERANDO CONFUSÃO PARA ALGUNS, SUGERINDO UM ESTILO MUSICAL QUE NÃO CORRESPONDIA AO SOM QUE A BANDA FAZ. DE UNS ANOS PRA CÁ NOSSO SOM TEM SIDO MAIS PESADO, DE FORMA QUE “JAVALI”, POR EXPRESSAR UMA CERTA “SELVAGERIA”, ENCAIXA MELHOR AO QUE A BANDA FEZ. ADEMAIS, SERIA UM TIRO NO PÉ MUDAR RADICALMENTE O NOME DA BANDA DEPOIS DE UM QUARTO DE SÉCULO DE CARREIRA, DE FORMA QUE A ADAPTAÇÃO SE MOSTROU A MELHOR SAÍDA.

2 – O mais recente trabalho de vocês, “Life is a Song”, do qual eu considero o melhor trabalho já lançado pela banda, possui apenas 7 canções e uma arte linda (feita pelo artista João Duarte), mas digamos mais econômica. Por que essa decisão?

QUANDO VOCE LANÇA UM ÁLBUM COM 12, 12 MÚSICAS, O OUVINTE ACABA NÃO OUVINDO TODAS COM FREQÜÊNCIA. ELEGE SEMPRE AQUELAS 5 OU 6 DE SUA PREFERÊNCIA E ACABA NÃO DANDO TANTO ATENÇÃO PARA AS DEMAIS, MESMO QUE SEJAM EXCELENTES MÚSICAS. O MESMO ACONTECE NA HORA DE MONTAR UM ‘SETLIST’ PARA SHOWS; VOCÊ NÃO CONSEGUE TOCAR TODAS AS MÚSICAS DO ÁLBUM, ATÉ PORQUE PRECISA MESCLAR FAIXAS DOS TRABALHOS ANTERIORES. ASSIM, O CHAMADO “EP” (DENOMINAÇÃO QUE EU PARTICULARMENTE NÃO GOSTO POIS SUGERE UM TRABALHO MENOR, O QUE NÃO É) ACABA ENTREGANDO PARA O OUVINTE 7 FAIXAS AS QUAIS ELE DEVERÁ OUVIR A TODAS COM A MESMA ATENÇÃO E GOSTO. NOS DIAS DE HOJE, EM QUE O TEMPO É CADA VEZ MAIS ESCASSO, MENOS É MAIS.

3 – Acho o som de vocês numa vibe bem Rush na década de 90 e um vocal com uma pegada bem Marillion. Qual são as influências mais diretas da banda?

CRESCEMOS OUVINDO AS BANDAS CLÁSSICAS DE ROCK DOS ANOS 70 E 80. NÃO DÁ PARA NEGAR QUE “PURPLE”, “SABBATH” E “ZEPPELIN” INFLUENCIARAM DIRETAMENTE. SOMADOS, VÊM OS SONS QUE CADA UM DOS MÚSICOS TEM MAIS APREÇO INDIVIDUALMENTE. EU, POR EXEMPLO, SEMPRE GOSTEI E OUVI MUITO “YES”. MAS, COM CERTEZA, ATÉ PELA FORMAÇÃO DE POWER TRIO, “RUSH” É UMA INSPIRAÇÃO MUITO FORTE PARA ‘JAVALI’.


4 – Ainda sobre esse disco novo, achei ele bem mais pesado e direto do que os anteriores. Foi essa a intenção? E a música “Read my Mind”, que saiu como bônus”, foi lançada como um single. Por que essa ideia?

A CADA NOVO ÁLBUM BUSCAMOS EXPERIMENTAR NOVAS SONORIDADES, SEM NOS PERDER A ESSÊNCIA DA BANDA. E EXPERIMENTAR NOVOS ESTÚDIOS E NOVOS PARCEIROS NO TRABALHO DE MIXAGEM E MASTERIZAÇÃO É SEMPRE UMA SACADA FANTÁSTICA, PORQUE A GENTE SEMPRE SAI GANHANDO NOS CERCANDO DE ÓTIMOS PROFISSIONAIS. FOI ASSIM COM OS BUSIC NOS ÁLBUNS ANTERIORES E, DESSA VEZ, COM O THIAGO BIANCHI, QUE FEZ UMA TRABALHO FANTÁSTICO.
‘READ MY MIND’ FOI LANÇADA EM MAIO DE 2018 COMO SINGLE JUSTAMENTE PARA DESTACAR NA MÍDIA A ADAPTAÇÃO DO NOME DA BANDA PARA “JAVALI”.  INCLUÍ-LA NO NOVO ÁLBUM NOS PARECEU UMA IDEIA LEGAL PORQUE ATÉ ENTÃO ELA ESTAVA DISPONÍVEL SOMENTE NAS PLTAFORMAS DIGITAIS. AGORA TODOS PODEM CURTIR EM QUALQUER LUGAR!


5 – Já tiveram CD`s produzidos pelos irmãos Busic (Andria e Ivan do Dr.Sin) e agora com o Thiago Bianchi (Nocturnall). Qual a importância de se trabalhar com eles nas produções?
O RESULTADO FINAL DE UM DISCO DEPENDE SOBREMANEIRA DO TRABALHO DOS TÉCNICOS ENVOLVIDOS NO PROJETO. DE NADA ADIANTA UMA MÚSICA EXCELENTE NAS MÃOS DE UM PRODUTOR RUIM – E VICE-VERSA. SEMPRE NOS PREOCUPAMOS MUITO COM ESSE ‘CASAMENTO’ BANDA / PRODUTOR, PORQUE O PRODUTO DE QUALIDADE DEPENDE DESSA SINTONIA. E SEMPRE TIVEMOS SORTE DE TRABALHAR COM VÁRIOS PRODUTORES DE CAPACIDADE E COMPETÊNCIA MUITO ACIMA DA MÉDIA.  TODOS SAEM GANHANDO, PRODUTORES, MÚSICOS E OUVINTES.
6 – Vocês fizeram uma turnê europeia, tanto que lançaram um disco chamado “Live in Armsterdam”. Por que a escolha dessa cidade e como foi fazer essa turnê?

NA VERDADE, FOI UMA SITUAÇÃO INUSITADA. NADA FOI PREVIAMENTE PROGRAMADO. O SHOW EM AMSTERDAM FOI O ÚLTIMO DA TOUR. CHEGANDO NO “WATERHOLE”, LOCAL DO SHOW, FOMOS RECEBIDOS PELO TÉCNICO DE SOM QUE, GENTILMENTE, SE OFERECEU PARA GRAVAR O SHOW E, PARA TAL, SOMENTE NOS SOLICITOU UMA PENDRIVE. ACHAMOS A IDEIA ÓTIMA, PRA TER UM REGISTRO PESSOAL, UMA LEMBRANÇA MESMO, EM PRINCÍPIO APENAS PARA NÓS. FOMOS SURPREENDIDOS QUANDO CHEGAMOS NO BRASIL E OUVIMOS A GRAVAÇÃO. ESTAVA TODA SEPARADA EM CANAIS, INSTRUMENTO POR INSTRUMENTO, E A EXECUÇÃO FOI SURPREENDENTEMENTE LEGAL. PENSAMOS: “POR QUE NÃO LANÇAR ISSO EM UM ‘CD LIVE’?” AFINAL, NÃO É TODO DIA QUE VOCE TEM UM CD GRAVADO AO VIVO EM AMSTERDAM RSSS. O RESULTADO FOI UM ÁLBUM MUITO BACANA QUE  ACRESCENTOU DEMAIS EM NOSSO CURRÍCULO.


7 – Falando um pouco dos dois primeiros trabalhos, “No Reason to be Lonely”, “The game of Fate” e “Resilient”, comente um pouco sobre o que eles representaram em cada momento da carreira do Javali.
CADA UM DESSES ALBUNS TEM UM “PORQUÊ” E CADA UM TEM SUA PRÓPRIA MAGIA. NÃO CONSIGO DIZER DE QUAL EU GOSTO MAIS. SÃO TODOS “FILHOS AMADOS” RSSS “NO REASON” TEM A ESSÊNCIA DE NOSSA HISTÓRIA. FOI GRAVADO EM 2011 E CONTÉM MÚSICAS QUE FORAM COMPOSTAS DESDE 1992
ATÉ MÚSICAS COMPOSTAS SEMANAS ANTES DE GRAVARMOS O CD. É UM ÁLBUM HISTÓRICO PRA MIM. “THE GAME” É UMA PRODUÇÃO IMPECÁVEL DOS IRMÃO BUSIC E CAPTA UMA FASE SENSACIONAL DE COMPOSIÇÃO DA BANDA. FOI O ÁLBUM QUE NOS PROJETOU INTERNACIONALMENTE E QUE AINDA LIDERA A PREFERÊNCIA DA AUDIÊNCIA, PELO MENOS NA INTERNET. ‘RESILIENT’ TRAZ UMA PEGADA MAIS PESADA, RESULTADO DA VIAGEM E DO CONVÍVIO COM BANDAS DESSE ESTILO NA EUROPA. TEM UMA SONORIDADE ÚNICA E É SEM DÚVIDA UM ÓTIMO CARTÃO DE VISITAS PRA QUEM CURTE O LADO MAIS “HEAVY” DA BANDA.

8  - Deixe recado final para os leitores do Arte Condenada.
ALÔ GALERA!  VAMOS MANTER FIRME A CENA APOIANDO AS BANDAS, COMPARECENDO A SHOWS E ADQUIRINDO SEU MATERIAL. VAMOS SAIR DE TRÁS DO COMPUTADOR/CELULAR E PRESENCIAR OS EVENTOS! TIRA A BUNDA DA CADEIRA MEU IRMÃO!!!

MUITO OBRIGADO, LUIZ CARLOS. É UMA HONRA E UM PRIVILÉGIO!

SUCESSO!


sábado, 6 de julho de 2019

Luciano Piantonni, profissionalismo ímpar no cenário Metal Brasileiro.

Conheci Luciano anos atrás em uma edição do Roça and Roll, festival que acontecia em Varginha, interior de Minas Gerais. Mas, alguns anos depois quis o destino que acabássemos nos conhecendo mais, e que acabou resultando no fato dele fazer assessoria de imprensa para a banda que eu tocava na época.
Luciano é a competência em pessoa, inclusive um cara que já enfrentou um AVC e se superou da melhor forma possível, tanto que na época muitas mensagens das mais diversas pessoas importantes e influentes do cena se solidarizaram com ele, reflexo não só da sua importância dentro do cenário, mas também da simpatias e caráter que possui.
Vamos ao papo !

por Luis Carlos
Fotos: Arquivo pessoal.

1 - Entre tantos daí de São Paulo, você é um dos caras mais atuantes no cenário.
Como e quando começou essa paixão pelo Rock e Metal?
Luciano Piantonni: Antes de mais nada, obrigado pelo espaço e consideração; Minha paixão pelo Rock/Metal começou em 1983, com a vinda do Kiss ao Brasil. Desde então, a meta era “fazer parte disso”, de uma forma ou de outra... (risos). No caso, sempre fui fanático pelas revistas Metal e Rock Brigade, então foi mais ou menos por onde tudo começou. Me sinto um privilegiado por ter feito parte dos últimos anos da Rock Brigade. De um fanático leitor, a um redator.

2 – Atualmente você vem fazendo o Rock Add. Como é que pintou essa ideia e o que tem feito com esse trabalho?
Luciano: Como faço a produção do programa Pegadas de Andreas Kisser da 89FM, desde 2013 (e nos anos 90 fiz parte de uma famosa e atuante rádio comunitária do ABC paulista, a Patrulha FM), sempre quis voltar a essa coisa de ter um programa de rádio, mas num formato mais de bate-papo, tipo aqueles programas ao estilo do saudoso Ricardo Boechat. Com essa coisa de podcasts (onde você hospeda o arquivo onde quiser), o Rock Add surgiu de conversas com meu amigo Daniel Closs que topou levar a ideia adiante. Surpreendentemente as pessoas tem gostado, estão comprando as camisetas, enviam comentários e sugestões. Já fui até parado algumas vezes na Galeria do Rock, por gente que diz acompanhar... (risos)




3 – Você atuou muito como assessor de imprensa, inclusive para uma banda que eu tocava (Statik Majik). Não tem mais realizado esse tipo de trabalho? E qual tua opinião sobre esse trabalho no cenário atual?
Luciano: Verdade! Trabalhar com vocês (na época da Statik Majik) foi bem legal! A gente se divertia. E eu comia bolachas Piraquê de Morango, cada vez que você vinha do RJ para SP – fazia o tráfico das bolachas que eu não encontrava aqui... (risos). Trabalho com isso até hoje e na minha opinião é uma ferramenta muito legal para “espalhar” uma banda.

4 – No “pegadas” (programa Pegadas de Andreas Kisser). Como é que você foi parar ali e como é trabalhar com o Andreas, um cara que ao mesmo tempo é um músico que você também é fã?
Luciano: O programa estava rolando haviam 3 meses, se não engano. Um dia marquei com o Andreas – que já era de certa forma, amigo – de levar o pessoal do MX. Em seguida comecei a sugerir outras bandas e quando vi já estava produzindo ao lado dele. Pô, puta honra fazer esse trabalho ao lado do cara, que como você disse, de ídolo passou a um grande amigo! Rola de tudo ali, de bandas do extremo underground a gente como Zé do Caixão, jogadores de futebol, Eddie Trunk, Vinnie Paul, Anthrax, John Bush, Dan Lilker, etc.

Com Jaz Coleman do Killing Joke.
5 – Você é um colecionador assíduo. Tem ideia da quantidade do material que você tem hoje? E desse material, cite pelo menos alguns deles que você considera como preferidos.
Tem algum que você ainda não conseguiu adquirir?
Luciano: Sim, coleciono muita coisa; CDs, LP’s, DVD’s, revistas, e outras coisas ligadas ao Rock e Metal (que vão de palhetas a bonecos colecionais). Devo ter uns 2 mil CDs, uma porrada de discos, umas mil palhetas... Com ênfase na “trilogia sagrada” Metallica, Kiss e Iron Maiden. Acho que das coisas que não consegui ainda, a principal foi a caixa (box) do Iron Maiden, “The First Ten Years” em vinil (embora tenha alguns singles avulsos!). Um dia ele virá parar na minha mão! (risos)

6 – Nesses diversos encontros com músicos que você tem através do teu trabalho, qual é aquele que você ainda não conseguiu realizar o sonho de se aproximar, de tirar aquela foto, autografar CD´s?
Luciano: Felizmente encontrei vááários músicos que sou fã. Mas claro que tem sempre aquele que ainda não rolou. No momento eu diria que dois caras que ainda gostaria muito de encontrar, são o Rob Halford (Judas Priest) e o Paul Stanley (Kiss).

Com DD Verni do Overkill.
7 – Entre várias coisas que você faz, ainda tem algo que gostaria de realizar e não teve oportunidade?
Luciano: Gostaria de ter um programa numa rádio aberta. Um programa só meu, pois fazer parte de um, já faço – o Pegadas de Andreas Kisser. E por incrível que pareça, desde criança, sempre tive “bandinhas” de Metal e Hardcore. Então, ainda pretendo juntar com alguns amigos e gravar um disco, mais pelo prazer de ter algo registrado. Tenho algumas experiências em demos. Mas nesse caso, o sonho é gravar algo na linha dos primeiros do Terrorizer, Carcass e Napalm Death, ou seja, bagaceira pesada e suja, o que dá aquela nostalgia do “faça você mesmo”, de bolar a capa, projeto gráfico, parte musical e tudo o que envolve esse tipo de trabalho – só preciso decidir se tocarei guitarra, ou se darei alguns berros (risos!)

8 – Deixe seu recado final para os leitores do Arte Condenada.
Luciano: Carlinhos, muito obrigado por esse espaço no Arte Condenada!!!! Vira e mexe estamos sempre citando você lá no Rock Add, não só pelo brilhante trabalho que faz no campo da produção, mas também pelo excelente trabalho feito aqui. Que o Arte Condenada continue firme e FORTE! Valeeeeu! 

terça-feira, 25 de junho de 2019

Michael Meneses - Uma cabeça pensante na cultura do Rock carioca.

Conheci Michael no começo da década de 90 e daquele tempo pra cá sempre vi seu envolvimento com a arte de uma forma muito atuante. 
Seja frequentando shows, produzindo alguns deles, assim, como lançamento de um selo e o apoio pára algumas bandas cariocas, Michael, ou, aquele que muitos conhecem mais pelo apelido de "Parayba", faz parte da memória do Rock carioca, principalmente para aqueles que conhecem o cenário da zona oeste.
Figura divertida e sempre com boas histórias, o arte condenada BATEU UM PAPO com ele para saber um pouco mais de sua história.
Vamos ao papo !

Por Luis Carlos
Fotos: Arquivo/divulgação.

Entrevista ao Blog Arte Condenada – Por Luis Carlos (Carlinhos)
1 – Michael, a impressão que eu sempre tive é que por mais que sua ligação com o Rock seja forte, você sempre buscou valorizar outros tipos de cultura. Estou certo disso?
R: Michael Meneses / Rock Press/ Parayba Records - Sim, graças ao rock cheguei à fotografia, algo que sempre gostei, desde pequeno, mas foi o rock que me deu o click e me fez focar nessa arte. Uma vez fotógrafo, busquei aprimorar outras expressões artísticas, como cinema, literatura, artes plásticas, cênicas... Não me vejo apenas acompanhando rock, tenho que deixar a música trilhar os caminhos artísticos e culturais em minha vida. Acredito que as artes devem ser aliadas umas às outras.
2 – Lembro de você falar de um futuro lançamento de um livro seu falando do Rock da zona oeste. Quando finalmente veremos esse trabalho? Alguma previsão?
R: Por conta de inúmeros fatores, tive que começar e recomeçar esse projeto algumas vezes. A parada principal se deu por conta da compra do meu apê. Mesmo assim, continuei pesquisando, e em breve terei novidades sobre esse livro sobre o rock no subúrbio carioca e outros dois projetos literários que tenho, todos envolvendo, arte, fotografia e música.

Foto por Wallace Gomes.
3 – Você, como colecionador de um vasto material sobre música, o que diria sobre itens do qual considera mais valiosos? Esse resgate de material antigo, parte do teu acervo pessoal, servirá para que você faça futuramente alguma coisa em prol do estilo?
R: Cada disco raro, livro fora de catálogo, ou foto que tenho tem o seu valor, hoje não saberia e nem quero avaliar, pois no final serão apenas números sem sentimentos. Muito desse material é parte da pesquisa para o livro sobre o rock no subúrbio carioca. Porém, outras ideias me surgem em relação às centenas de fitas e CDs demos, fanzines, cartazes de shows que tenho. Já fiz exposições em shows com parte desse material. Às vezes me sinto um herói por preservar esse acervo, por outro lado é chato quando sou cobrado para disponibilizar tudo o que tenho, quero fazer isso, e de tempos em tempo até faço, mas não me sinto na obrigação, quando sei que teve banda que não teve esse mesmo carinho com seu próprio acervo ou com músicos que renegam o passado. Até teve um caso de um músico que me pediu que retirasse do meu Facebook uma foto dele, pois não queria nada dele vinculado a antiga banda onde ele tocava. Seja como for, aos poucos vou disponibilizando esse material.

4 – Como é que começou essa história do apelido “Parayba”?
R: Sou carioca, nascido em Irajá, morei em Madureira, Vicente de Carvalho, bairro da zona norte carioca, também morei em Marechal Hermes e moro em Campo Grande na Zona Oeste do Rio, ou seja, sou carioca do subúrbio até o osso! Porém, carioca nunca foi bom de geografia, para ele o mundo se divide em Rio de Janeiro, São Paulo e Paraíba, só agora novas terras foram descobertas, e estas são chamadas de Minas Gerais Uai!! (risos). Meu verdadeiro contato com a Paraíba tá no fato de ser filho de pai paraibano de João Pessoa com mãe sergipana de Itabaiana, mas o fato é que morei a década de 1980 em Aracaju/SE e com sotaque sergipano, ao voltar a morar no Rio em 1990 ganhei o apelido de Paraíba, seja na cena rock ou fora dela as pessoas me chamavam de Paraíba. Em 2001 comecei as atividades do Selo e como as pessoas diziam “Vou comprar um disco no Paraíba” nomeei meu stand de Selo Cultural Parayba Records e assim começou o selo que tá completando 18 anos de história, e nesse tempo apoiamos o lançamento de discos, filmes, peças de teatro, exposições, shows... Fizemos arte.
5 – Você, como filho de nordestinos, o que acha da cena musical de lá E não digo só de Sergipe onde você morou, mas de toda região.
R:
 A cena rock de Sergipe e muito rica, teve e tem excelentes bandas como Karne Krua, The Baggios, Plástico Lunar, Manicômio, The Renegades Of Punks, Snoozes, Tchandala... entre tantas outras e de diversos estilos de rock, além de fanzines, eventos e ótimas iniciativas. O nordeste todo é assim, em 1990, fui à Recife assistir a Dorsal Atlântica e tinha gente de toda a região. Acho que nós cariocas e sulistas perdemos em não dar uma merecida atenção a cena rock e cultural do nordeste. Vale muito conferir!

No Rock in Rio de 2015.

6 – Vai ter que escolher agora (risos). Itabaiana/SE, Campo Grande/RJ ou Flamengo/RJ?
R: Escolho o Botafogo/RJ, o Vasco/RJ, o Fluminense/RJ, o Palmeiras, o Santos, o Grêmio/RS, o Inter/RS, Atlético/MG sempre perdendo para o Campo Grande A.C. que é o meu time no Rio, para o Itabaiana/SE que é o meu time no Brasil e para o Flamengo que é o meu time no Universo, pois não podemos pensar no Flamengo apenas como um time carioca, e sim como um time do Cosmos.
7 – Você chegou a fazer alguns eventos com teu selo e vem apoiando alguns deles pela cidade. Qual tua opinião sobre o papel que o selo desempenha na cena carioca?
R: Minha ideia sempre foi promover arte e cultura, e não apenas bandas e seus discos. Sempre busquei unir todas as iniciativas culturais, e acredito que cabe ao Selo Cultural Parayba Records tentar fazer sua parte nessa fomentação artística, assim como outros selos e agitadores culturais deveriam fazer, mas cada um na sua. Muita gente da cena rock carioca sabe da minha luta, espalhando filipetas em eventos e nos stands da Parayba Records, em lojas de discos, usando as redes sociais e sempre colocando o rock carioca e nacional em pauta da Rock Press. Se pudesse estaria mais presente nos eventos, mas, infelizmente não posso, principalmente por não ter tempo, afinal moro sozinho, não tenho carro e perco muito tempo pelo fato do Rio de Janeiro não ter transporte público de qualidade e isso para mim é o grande vilão de alguns shows não terem o merecido público, aliás, falta de transporte público é o grande vilão para tudo o que tem de ruim no Rio, seja, saúde, educação, segurança, cultura... Seja como for, tento fazer minha parte, seja como fotojornalista, agitador cultural, com a Rock Press e com o Selo Cultural Parayba Records, que tem o lema de “Cultura Com Preço de Rapadura” não é a toa! (risos).
8 - Desde a sua volta ao Rio, como você analisa a cena daquela época para de hoje? E o que você gostaria de fazer pela cena musical daqui que ainda não tenha feito?
R: Primeiramente, tem algo que faz MUITA falta nos dias de hoje, que é um dial com uma Rádio Fluminense FM. No final dos anos 1980 e durante boa parte dos anos 1990 tudo era mais difícil, porém, era muito mais romântico, poético... Hoje temos a liberdade da internet e nem sempre fazemos bom uso dessa ferramenta. Antes, divulgávamos um show com cartazes colados em pontos de ônibus e o evento lotava, hoje usamos a internet fazendo a divulgação chegar onde o ônibus do tal ponto não passava e o nem sempre o show tem um bom público. A Cena melhorou e piorou ao mesmo tempo. Melhorou porque hoje tudo é mais acessível, gravar um disco hoje em 2019 é mais fácil que gravar um disco em 1989/99, por outro lado a cena se dividiu, nos anos 1980/90 assistíamos shows onde estilos como Pop, Punk, Heavy, Blues, Prog, Hard Rock, Rap se misturavam em um só evento todos estavam e estão no mesmo barco, hoje os shows são na maioria segmentados, Metal com Metal, Punk com Punk, Prog com Prog... Acho que toda a cena rock e cultural estão no mesmo barco, então por que não remarmos todos juntos?! Acho errado se dividir em segmentos tão parecidos.

9 – Outra para escolher (risos). Vinil ou CD?
R:
 Uma vez sonhei que fiz essa pergunta ao Bussunda do Casseta & Planeta e quando acordei ele tinha morrido (sem risos, por favor). Tenho milhares de MP3, até tento fazer uso dos streeming e plataformas digitais, mas não consigo me conectar com esses meios. Gosto dos dois formatos, e ainda incluo as fitas K7s, acho que ouvir CD é algo prático, mas escutar vinil é uma arte, é onde a poesia da música flui quase sempre melhor!
10 – Deixe seu recado final para os leitores do Arte Condenada.
R: 
"Primeiramente, agradeço ao espaço para expor minhas ideias e divulgar meus trabalhos com o Selo Cultural Parayba Records e com a Rock Press ( www.portalrockpress.com.br ) aqui no Arte Condenada, assim como ao Luis Carlos a quem também reconheço como outro batalhador. Aproveito para convidar os leitores do Arte condenada para marcarem presença em duas palestras que farei sobre meu trabalho como fotojornalista de shows e espetáculos. Ambas acontecem em agosto, uma delas, será em Belo Horizonte/MG, a data será confirmada nos próximos dias, a outra sera em Nova Iguaçu/RJ nos dias 24 e 25 de Agosto, mas informações no link que segue:
http://www.fotografiainfoco.com.br. Finalizo com o conselho, nunca parem de sonhar e de levar à frente esses sonhos, seja na arte, nos estudos, na música, na família... façam tudo com amor e com muita luta ajudem a construir novas histórias. Vi muitos amigos, cortando o cabelo por conta de trabalhos, estudando para concurso público... o que não é errado, o errado foi o fato deles terem abandonados seus sonhos e hoje sentirem saudades das histórias de sonhos que não construíram!"
CONTATOS:
FACEBOOK PARAYBA RECORDS: https://www.facebook.com/Parayba-Records-177830795577265/
CAIXA POSTAL:
PARAYBA RECORDS
A/C: Michael Meneses

CAIXA POSTAL: 30450
Rio de Janeiro/RJ – BRASIL
CEP: 21351 - 970


CONTATO Rock Press:
ROCK PRESS A/C: Michael MenesesCAIXA POSTAL: 30450Rio de Janeiro/RJ – BRASILCEP: 21351 - 970

sexta-feira, 31 de maio de 2019

LEATHER, Metal de corpo e alma.


A primeira vez que ouvi a grande voz da Leather foi nos discos do Chastain, afinal, Leather gravou os quatros primeiros discos do guitarrista. Bons tempos de grandes vozes femininas como a dela, Doro, Lita Ford, entre outras.
Depois de um bom tempo afastada dos palcos Leather voltou com tudo e para nossa sorte, não parou mais de produzir. Tanto que voltou lançando um novo disco e contando ainda com uma banda formada por excelentes músicos Brasileiros.
Leather, mais uma vez fará shows pelo Brasil, e dessa vez na companhia do Raven.
Vamos ao papo com mais essa rainha do Metal.

Entrevista por Luis Carlos
Tradução por Rodrigo Scelza

Fotos por Luciana Pires.


1 – Quais as expectativas pela volta ao Brasil? E o que podemos esperar desses novos shows da Leather pela América do Sul?

COM CERTEZA SERÁ INFERNAL! SERÁ TRABALHO PESADO, MAS TOCAREMOS MAIS PESADO AINDA! ESTAMOS MUITO EMPOLGADOS EM APRESENTAR “LEATHER II” PARA TODOS VOCÊS, AO VIVO. ESSAS MUSICAS SÃO MUITO INTENSAS E QUERO DIVIDI-LAS COM A MINHA SEGUNDA CASA, O RIO! SERÁ UMA FESTA!

2 – Nova formação, novo disco. Como é que você chegou a esses músicos Brasileiros ?

CONHECI ELES EM 2016, QUANDO FIZ UMA TURNÊ SUL AMERICANA COM O ROB ROCK E NOS CONECTAMOS IMEDIATAMENTE. DECIDIMOS TENTAR ESCREVER ALGUMAS MÚSICAS E ENTÃO “LEATHER II” NASCEU!




3 – Parece que você um bom tempo sem se envolver com música. Se sim, o que andou fazendo durante esse tempo?

DEPOIS DA BANDA CHASTAIN EU PASSEI A ME ENVOLVER EM VETERINÁRIA. CONSEGUI SALVAR MEU PRIMEIRO PIT BULL E ME APAIXONEI. EU CONSIDERO UM PRIVILÉGIO PODER FAZER ESSAS DUAS COISAS NA MINHA VIDA, MAS A MÚSICA FOI VOLTANDO AOS POUCOS A TER UMA IMPORTÂNCIA FORTE NA MINHA ALMA.

4 – Você ficou muito conhecida por cantar com o Chastain. Haveria a possibilidade de um projeto futuro entre vocês?

EU E CHASTAIN NÃO TEMOS NENHUM PLANO FUTURO. EU QUERO FAZER TOURS E ELE NÃO. MEU OBJETIVO PRINCIPAL AGORA É TRABALHAR COM A LLB (LEATHER LEONE BAND). COMEÇAMOS A CRIAR NOVAS MÚSICAS PARA UM NOVO ÁLBUM. RODRIGO E EU CONTINUAMOS A LUTA PELO RECONHECIMENTO, APRECIAÇÃO E VIABILIDADE DA BANDA.

5 – Anos e mais anos tocando Heavy Metal. Quais são os artistas que você mais gosta, e que provavelmente são suas influências?

RONNIE JAMES DIO É E CONTINUA SENDO A MINHA MAIOR INSPIRAÇÃO.

6 – Com tantos anos de carreira, ainda existe algo que gostaria de fazer como artista?

EU SÓ QUERO TER UMA OPORTUNIDADE DE TOCAR NO WACKEN!

7 – Hoje, o papel da mulher no mercado musical, em especial do Metal, está mais forte. Como você analisa do tempo que você começou a cantar para hoje? E como se sente sendo referência para muitas cantoras do estilo?

É O Q SEMPRE FALO, EU NÃO COSTUMO PENSAR MUITO NESSE ASSUNTO RELACIONADO A GÊNERO. ME DÊ UM MICROFONE  NA FRENTE DE QUALQUER UM QUE EU DOU CONTA DO RECADO! ISSO É SOMENTE O QUE IMPORTA PARA MIM! QUANDO ALGO NÃO DA CERTO É RELACIONADO AO TALENTO E NÃO A SUA GENITÁLIA!

EU NÃO SEI SE REALMENTE SOU INFLUÊNCIA PARA ALGUMA CANTORA DE METAL, HOJE EM DIA, PORÉM, SE SOU, MEU RECADO É TRABALHE BASTANTE E DESCUBRA SUA PRÓPRIA VOZ. VOCÊ TEM QUE ESTAR COMPLETAMENTE APAIXONADA POR ESSA ARTE E OBRIGADO.

8 – Deixe uma mensagem para os leitores do “Arte condenada”.

ESPERAMOS ALGUNS ANOS PARA VOLTAR E POSSO DIZER QUE ESTAMOS MAIS DO QUE PRONTOS. MUITO OBRIGADO POR ACREDITAREM, TODO O AMOR E A PACIÊNCIA. A ESPERA ACABOU. LOVE & DIO.


quarta-feira, 29 de maio de 2019

MELYRA . reconhecidas e respeitadas pela competência.


A MELYRA impressiona não só pela música que faz, como também pela dedicação e empenho com que levam o seu trabalho, e mesmo sem tantos anos de carreira, o que para muitas bandas se exige mais comprometimento e conquistas na carreira, a banda ainda assim cresce a olhos vistos e vem conquistando cada vez mais o seu espaço no coração não só dos fãs cariocas, mas de todo Brasil.
Vamos ao papo com Nena e Fê, respectivamente, baixista e guitarrista da Melyra.
Entrevista por: Luis Carlos

1 – A Melyra tem se mostrado mais do que nunca muito atuante, seja com diversos shows realizados e notícias pelas mídias. Qual é a visão que a Melyra tem do mercado, pelo qual, acho que sempre pontuou a banda um passo a frente se comparado a carreira de muitas bandas de sua cidade ?
(Nena Accioly) Somos visionárias e procuramos estudar o mercado para nos inserirmos e atingirmos nossos objetivos como banda. É um trabalho conjunto e diário, procurando nos manter ativas em redes sociais mantendo as novidades sempre em dia e contando com uma boa acessoria de imprensa para nos encaixar em mídias especializadas. Investimento não só musical mas social para nosso nome correr por aí!


2 – A banda passou por problemas de formação em relação ao vocal. Como é que chegaram até a Verônica e como esse processo da saída da Mariana ?
Fe Schenker: Toda banda passa por trocas de integrantes, isso é normal. Quando alguém escolhe um caminho diferente do da maioria da banda  os caminhos se separam e foi isso que aconteceu com a Mari, que cumpriu todos os compromissos que tinha com a banda antes de seguir com os projetos dela. Nós fizemos um processo de seleção bem organizado e rigoroso para encontrar a Vê, com etapas virtuais e presenciais em estúdio. A Mari é uma grande cantora, substituí-la a altura não era uma missão fácil, por isso levou um tempo até conseguirmos encontrar a pessoa certa.
Melyra. (foto: Amanda Respício)
3 – Por que o nome Melyra e qual o significado do nome ?
(Nena Accioly) O nome Melyra foi o resultado de um brainstorm coletivo, uma junção de ideias! Pode ser traduzido como algo forte, marcante e feminino.


4 – A banda lançou recentemente um novo clipe. Fale-nos um pouco dele.
Fe Schenker: Lançaremos agora, no dia 5 de junho o clipe da música Fantasy. Esse clipe é nosso primeiro que conta uma história, que é baseada na história por trás do nascimento da própria música. O clipe foi produzido pelo Gabriel Peres e estamos muito felizes com o resultado! Ansiedade a mil pra mostrar pra todos vocês!
5 – Já que a banda toca bastante ao vivo, existe algum plano para shows fora do estado ou até mesmo uma futura turnê, seja por aqui ou no exterior ?
(Nena Accioly) Sim! Nosso principal objetivo atualmente é tocar fora do Rio de Janeiro e até mesmo fora do Brasil! Alcançar patamares maiores do que os que já alcançamos !

Nena Accioly, baixista. (Foto por: Caroline Galiani)
6 – Como vocês enxergam o papel da mulher no cenário Metal Brasileiro hoje ?
Fe Schenker: Atualmente podemos ver cada vez mais mulheres em bandas de metal no Brasil e no mundo, mas acreditamos que ainda há muito a ser conquistado. Ainda vemos poucas mulheres como instrumentistas, a maioria que aparece são cantoras. Sonhamos com o dia que não vamos mais precisar pensar em distinção de gênero dentro da música em geral, e vamos avaliar as bandas apenas pelo som que elas fazem
7 – Vocês acham que o fato da Melyra ser uma banda predominantemente de mulheres é uma vantagem ou atrapalha porque muitos fãs acabam só enxergando o fato de serem mulheres e não pela boa música que produzem ? Nesse sentido, como é que vocês lidam com esse tipo de fãs ?
(Nena Accioly) Costumamos ser reconhecidas pela competência e por desempenhar um heavy metal com qualidade, então assim não vejo vantagem ou desvantagem de ser mulher. Mas é claro, existem aqueles comentários relacionados a dúvidas em relação ao nosso desempenho por sermos mulheres. Nesse caso a gente responde a altura com excelente música! Procuramos lidar com todos os tipos de fã da melhor forma possível! Costumamos ser respeitadas então tá tudo certo!

Fê Schenker, guitarrista. (Foto por: Caroline Galiani)
8 – Quais são os sonhos para a carreira do Melyra e quais foram os maiores “perrengues” que a banda passou ?
Fe Schenker: A gente nem gosta muito de usar a palavra sonho, usamos objetivo. Queremos levar a nossa música para o mundo e tocar nos grandes festivais, seguindo os passos das bandas que a gente curte, como Angra, Sepultura e mais recentemente a Nervosa. Já passamos alguns perrengues com equipamentos em eventos, locais precários para tocar, horários ruins (já fizemos show para 5 pessoas com o dia amanhecendo, por exemplo) mas eu acredito que tudo isso faça parte do nosso crescimento e aprendizado como banda.
9 – Qual a expectativa para o show com o Raven e a Leather ? Aliás, essa última, uma voz feminina marcante do Metal que já possui décadas de carreira.
(Nena Accioly) Estamos super ansiosas!  Ter a oportunidade de dividir o palco com o Raven que é uma banda super consagrada além da Leather que é uma diva incrível do metal é algo único!! A expectativa e o frio na barriga já tomam conta por aqui!!


10 – Deixe recado final para os leitores do Arte Condenada.

Fe Schenker: Primeiramente gostaríamos de agradecer ao Arte Condenada por essa entrevista! Adoramos falar sobre nossa carreira e nosso trabalho! Aos leitores, convido a conhecer nossas redes sociais estamos no facebook, youtube, instagram e twitter no @melyraband e a conhecer nosso novo disco, Saving you from reality, disponível em todas as plataformas de streaming. Também convido a irem nos ver ao vivo e assistir nosso show junto com as bandas Raven e Leather no Rock Experience (Rio de Janeiro) dia 16/6! Obrigada e nos vemos lá!